Dados divulgados nesta terça mostram que país subiu do 46º ao 38º lugar.
Índice de proficiência em inglês do Brasil foi de 50.07, considerado baixo.
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Índice de proficiência em inglês (EPI 2013) em 60 países: quanto mais escura a cor, mais fluente é a população ao falar inglês (Foto: Reprodução/EF EPI) |
Os dados obtidos pelo G1 mostram que o Brasil obteve 50,07 pontos no levantamento feito em 2012 --a pontuação de países com proficiência baixa variou entre 49 e 51. Desde 2009, quando foi concluída a primeira edição do estudo, o país teve um crescimento de 2,80 pontos. Porém, entre a primeira e a segunda edição, o Brasil teve uma queda de desempenho, de 47,27 para 46,86 pontos.Os estudantes do Brasil apresentaram uma melhora no domínio do inglês e fizeram o país subir no ranking mundial de proficiência no idioma, o Índice de Proficiência em Inglês 2013 (EPI, na sigla em inglês), segundo dados divulgados nesta terça-feira (5) pela EF Education First, empresa de educação internacional. Segundo a terceira edição do EPI, o Brasil subiu da 46ª para a 38ª posição do ranking e foi "promovido" da categoria de países com proficiência muito baixa em inglês. Agora, o país integra a categoria de proficiência baixa, junto a nações como China, França, Emirados Árabes Unidos e Costa Rica.
Neste ano, 60 países foram incluídos no estudo (veja abaixo a lista completa).
RANKING MUNDIAL DE PROFICIÊNCIA NA LÍNGUA INGLESA 2013 | |||
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PROFICIÊNCIA MUITO ALTA | PROFICIÊNCIA MODERADA | PROFICIÊNCIA BAIXA | PROFICIÊNCIA MUITO BAIXA |
1º) Suécia (68,69) | 18º) Eslováquia (54,58) | 29º) Uruguai (51,49) | 44º) Chile (48,20) |
2º) Noruega (66,60) | 19º) Argentina (54,43) | 30º) Sri Lanka (51,47) | 45º) Marrocos (47,71) |
3º) Holanda (66,19) | 20º) República Tcheca (54,40) | 31º) Rússia (51,08) | 46º) Colômbia (47,07) |
4º) Estônia (65,55) | 21º) Índia* (54,38) | 32º) Itália (50,97) | 47º) Kuwait (46,97) |
5º) Dinamarca (65,15) | 22º) Hong Kong* (53,54) | 33º) Taiwan (50,95) | 48º) Equador (46,90) |
6º) Áustria (62,66) | 23º) Espanha (53,51) | 34º) China (50,77) | 49º) Venezuela (46,44) |
7º) Finlândia (62,63) | 24º) Coréia do Sul (53,46) | 35º) França (50,53) | 50º) Jordânia (46,44) |
PROFICÊNCIA ALTA | 25º) Indonésia (53,44) | 36º) Emirados Árabes Unidos (50,37) | 51º) Catar (45,97) |
8º) Polônia | 26º) Japão (53,21) | 37º) Costa Rica (50,23) | 52º) Guatemala (45,72) |
9º) Hungria (60,41) | 27º) Ucrânia (53,09) | 38º) Brasil (50,07) | 53º) El Salvador (45,29) |
10º) Eslovênia (60,19) | 28º) Vietnã (52,27) | 39º) Peru (49,96) | 54º) Líbia (44,65) |
11º) Malásia (58,99) | 40º) México (49,91) | 55º) Tailândia (44,44) | |
12º) Cingapura* (58,92) | 41º) Turquia (49,52) | 56º) Panamá (43,61) | |
13º) Bélgica (58,74) | 42º) Irã (49,30) | 57º) Cazaquistão (43,47) | |
14º) Alemanha (58,74) | 43º) Egito (48,89) | 58º) Argélia (43,16) | |
15º) Letônia (57,66) | 59º) Arábia Saudita (41,19) | ||
16º) Suíça (57,59) | 60º) Iraque (38,16) | ||
17º) Portugal (57,52) | |||
Fonte: EF Education First (veja o relatório completo, em inglês) *Países em que o inglês é um dos idiomas oficiais |
Rachel Baker, diretora de linguística aplicada, pesquisa e desenvolvimento da EF, que veio ao Brasil para o anúncio da terceira edição do EPI, afirma que alguns fatores podem ter influenciado no avanço do ensino de inglês no país. "Olhando de forma geral os setores de educação pública e privada, você vê que o ensino público ainda parece estar com algumas dificuldades, não está se saindo bem em comparação com outros países, enquando o setor privado tem crescido", afirmou ela.
EVOLUÇÃO DO BRASIL NO EPI
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2010
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Pontuação: 47,27
Posição: 31 de 44 países |
2012
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Pontuação: 46,86
Posição: 46 de 54 países |
2013
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Pontuação: 50,07
Posição: 38 de 60 países |
Fonte: EF EPI
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O capítulo do relatório dedicado aos estudantes brasileiros aponta que o país "abriga 6.215 filiais de mais de 70 escolas de idiomas, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising", e estima que aulas particulares de inglês custem mais de 10% do salário mínimo, mas que a expansão da classe média no Brasil permitiu que mais pessoas investissem parte de sua renda no aprendizado do idioma. "É possível alegar que a maior parte da melhoria na proficiência de adultos em inglês no Brasil se deve a escolas privadas de idiomas", diz o documento.
Rachel estima que uma das desvantagens do setor público de ensino é a dificuldade de implementar mudanças. "As escolas públicas tendem a ser mais conservativas, então é muito mais difícil implementar mudanças. É uma questão bem comum por todo o mundo. Mas no setor privado o consumidor pode escolher o programa que acha mais eficaz, ele é um pouco mais flexível e tem a oportunidade de investir em treinamento de professores e usar métodos mais contemporâneos."
Postado por: Gabriel Leandro
Fonte: G1 Educação
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